"UMA MENTE EXPANDIDA PELO CONHECIMENTO JAMAIS RETORNA AO SEU TAMANHO ORIGINAL"

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terça-feira, 29 de maio de 2012

VOCÊ SABE O QUE ESTÁ COMEMORANDO?

Muitas datas são comemoradas sem que as pessoas saibam o que realmente originou aquela celebração, ou pior, comemoram uma cousa que na verdade é outra bem diferente, sendo que com o passar dos anos a mídia e o consumismo alteraram drasticamente o real significado de muitos feriados, comecei por Dezembro porque ocorre um mix, que é o natal, somatória de muitas culturas.

DEZEMBRO



Natal

Este era o dia do Solstício de Inverno, que foi adotado pela Igreja Católica para usurpar a data de comemoração do Dies Natalis Solis Invicti, a grande festa em honra ao deus Mithra.

Símbolos do Natal

A guirlanda é um símbolo de honra às divindades em inúmeras partes do mundo nos muitos rituais pagãos. Em grego é stephano, em latim corona. 

Podem ser entendidas como enfeites, oferendas, ofertas para funerais, celebração memorial aos deuses, à vitalidade do mundo vegetal, celebração nos esportes, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses, um símbolo relacionado ao deus ApoIo (Louros da vitória), e também a outros deuses: 

a) Egito = Osis e Osíris
b) Índia = Isva e Isvra
c) Ásia = Cibele e Dionísio
d) Roma = Fortuna e Júpiter
e) Grécia = Irene e Plutos
f) Babilônia = Semírames e Ninrote

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. 
Papai Noel 
Na verdade é São Nicolau, Bispo, que nasceu na Turquia em 280 d.C.  homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
A roupa do Papai Noel

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Árvore de natal

É de origem germânica. No tempo de São Bonifácio, foi dotada para substituir os sacrifícios ao Carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus-menino.

No Carvalho sagrado de Odin, eram colocados presentes, para que as crianças os pegassem, fato parecido com o que acontece hoje nas festas de Cosme e Damião, em que as pessoas oferecem doces e presentes à criançada.

Como os "santos" romanos não conseguiam acabar com esta adoração fetichista, trocaram a adoração à "Árvore do Mundo" pela árvore de natal.

 JANEIRO

O Ano-Novo ou Réveillon é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada Réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que em português significa "despertar"...
O uso de roupas brancas vem de Oxalá, no sincretismo Jesus, que é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do panteão africano. Simboliza a paz e serenidade.

FEVEREIRO

Carnaval 

É uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval".

Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança, que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.

ABRIL

Páscoa 

Remonta há séculos, o termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem.

A Páscoa Judaica
Marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos, também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.

A Páscoa cristã

Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior ao equinócio da Primavera (21 de março).

Coelhinho da Páscoa e os ovos 

A figura do coelho representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
É a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida. A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

Dia de Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro, na versão oficial historiográfica, foi o "bode espiatório".

Más há teorias de que ele foi exilado, pra outro país, o que ha de certo é que os republicanos, quando da queda do Império, mitificando-o como mártir, usando para tal artifício a associação  de sua imagem a imagem Eurocentrica de Jesus, barbudo, e cabeludo, sendo que o mais provável era que ele estava detido de cabelos e barba raspados.
provável aparência de Tiradentes, mais próxima do real.

MAIO

O Dia do Trabalhador 

É celebrado anualmente no dia 1º de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado no Brasil, em Portugal e em outros países.

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes.No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.


No Brasil, em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)
Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

Dia das Mães

Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os  gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem  homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele,  mãe dos deuses.

Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada  em homenagem a Virgem Ísis, mãe de Hórus que também foi usurpada e transformada   Maria, a mãe de Jesus.
  
O Dia das Mães teve a sua origem no princípio do século XX, quando uma jovem norte-americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas.

Em pouco tempo, a comemoração e consequentemente o Dia das Mães se alastrou por todos os Estados Unidos.
No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio.

JUNHO

Dia dos Namorados

A comemoração desta data remonta o Império Romano. Um bispo da Igreja Católica, São Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador romano Claudius II. Porém, o bispo desrespeitou a ordem imperial e continuou com as celebrações de matrimônio, porém de forma secreta. Foi preso pelos soldados e condenado à morte. Enquanto estava na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizando o amor, a paixão e o casamento. O bispo Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro do ano 270.


No Brasil, a data apresenta uma história bem diferente, pois está relacionada ao frei português Fernando de Bulhões (Santo Antônio). Em suas pregações religiosas, o frei sempre destacava a importância do amor e do casamento. Em função de suas mensagens, depois de ser canonizado, ganhou a fama de “santo casamenteiro”.
Foi escolhida a data de 12 de junho por ser véspera do dia de Santo Antônio (13 de junho).

Festa Junina

Esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. 

Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. 

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

JULHO

Revolução Constitucionalista
 
O dia 9 de Julho, é o início da chamada revolução, o movimento  na verdade foi orquestrado pela oligarquia paulista, a qual perdeu a sua vez na chamada república café com leite,  como Getúlio assumiu, eles usaram a população como massa de manobra e incitaram o conflito armado, o povo como sempre sendo manipulado e enganado.
AGOSTO

Dia dos Pais

Em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o "Dia do Pai" (Father's Day).

SETEMBRO

Independência do Brasil
7 de setembro de 1822, data em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga", eternizado no quadro de Pedro Américo, entretanto o que ocorreu, foi que Dom Pedro, subia a serra com sua trupe, em mulas, defecando no riacho do Ipiranga, quando recebeu a carta para voltar, e entre voltar à Portugal, para entrar na linha sucessória e ficar no Brasil, onde mandava e desmandava, preferiu ficar, e pagou uma altíssima quantia a seu pai por isso.

OUTUBRO

Dia das crianças
O que muitos não sabem é que a data comemorativa é mais antiga do que se imagina, surgiu por meio de um projeto de lei elaborado pelo deputado federal Galdino do Valle Filho, em 1920. A data foi oficializada por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924, no então governo de Arthur Bernardes.

Tudo começou a mudar em 1960, quando Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da Fábrica de Brinquedos Estrela idealizou a criação "Semana do Bebê Robusto”, uma estratégia de marketing feita para aumentar as vendas de um novo brinquedo. A partir daí, outras empresas de brinquedos também assimilaram a ideia, criando a “Semana da Criança”.

A estratégia adotada pelas fabricantes de brinquedos foi um sucesso. Porém, decidiram criar, ao invés de uma semana, apenas um dia especial, destinado à promoção de seus produtos. Desta forma, optaram pelo dia 12 de outubro, uma vez que o mesmo já era oficialmente o Dia das Crianças.


Halloween

A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).
Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci, para valorizar nossa cultura, más pouca gente sabe disso.

NOVEMBRO

Proclamação da República

Levante político-militar que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.

Reza a lenda que Mal Deodoro era monarquista, foi acordado e literalmente posto em cima dum cavalo, ainda de pijamas, sem saber direito o que estava acontecendo. Vem daí esse gosto pelo poder dos militares brasileiros, após a Guerra do Paraguai, 1870, eles saíram fortificados e se acharam no direito de pleitear o governo, até hoje não se consideram meros funcionários públicos.


ORIGENS CALENDARIO

Todos os povos sempre se preocuparam em contar o tempo e cada um tinha seus métodos. Todos os Calendários se baseiam no movimento aparente do Sol, da Terra e da Lua determinando o dia, o mês e o ano. Portanto, Calendário é o sistema de divisão do tempo em que se aplica um conjunto de regras baseadas na Astronomia e em convenções que permitem fixar a duração do ano civil e de suas diferentes datas.


Calendário de Rômulo

Este calendário, criado por Rômulo (753-717 a.C.), tinha 304 dias divididos em dez meses, cada mês variando entre 16 e 36 dias. Posteriormente, o número de dias de cada mês teria 30 ou 31 dias, compreendendo dez meses lunares, sendo que o ano deveria sempre se iniciar no equinócio da primavera.

1º Martius (31 dias)

6º Sextilis (30 dias)

2º Aprilis (30 dias)

7º September (31 dias)

3º Maius (31 dias)

8º October (31 dias)

4º Junius (30 dias)

9º November (31 dias)

5º Quintilis (31 dias)

10º December (30 dias)


Os nomes do meses tem um significado em geral uma homenagem a um deus: 

Janeiro =Ianuarius - homenagem a Jano, deus de duas faces (uma olhando para a frente - futuro, e outra para trás - passado. Esse mês que era o 11º mês do calendário de N. Pompilio, passou a ser o 1º mês dos calendários Juliano e Gregoriano.


Fevereiro = em homenagem a Februus, deus etrusco;

Março = provém de Martius, ou seja Marte deus da guerra; 


Abril = aprillis, significa "abrir", numa alusão à germinação das culturas; também é citado "Aprus" nome etrusco da deusa Vênus. 


Maio é derivado do nome da deusa grega Maya; 


Junho = ou Juno mulher de Júpiter;


Julho era antigamente "Quintilis" ou seja o 5º mês dos romanos; no ano 44 a.C. foi mudado para Julius em homenagem a Júlio César.

Agosto = Sextilis" = 6º mês romano, é uma homenagem a Otávio Augusto, também com 31 dias para não ficar atrás de Júlio César. 

Setembro correspondia os 6º mês segundo o calendário romano, passou par 9º do ano Gregoriano. 


Outubro era o 8º, Novembro era o 9º mês.  Dezembro era o décimo no calendário romano que tinha início em Março.

A Era Cristã

No século VI d.C., um monge grego chamado Dionísio propôs que se iniciasse a partir do nascimento de Cristo. Para tanto, ele fez cálculos para saber em que ano Cristo teria nascido, o que era uma tarefa muito difícil. Ao final, sugeriu que se começasse a era cristã a partir do ano 754 da fundação de Roma. Passados 1.200 anos de Dionísio, os cronometristas descobriram que ele havia cometido um erro de quatro anos para menos, mas o sistema não foi alterado. Cristo nasceu provavelmente no ano 4 a.C. da era cristã.

Foi somente em 1582 que o papa Gregório XIII (1512-1586) efetuou a reforma no calendário, o qual é usado até hoje, quando já havia um atraso de 10 dias da data do equinócio (estava ocorrendo em 11 de março, ao invés de 21 de março).


A Semana

São necessários sete dias, aproximadamente, para a Lua ir de uma fase a outra, e parece que esse foi o motivo para a semana ter sete dias. Esta divisão era, ainda na Antigüidade, quase universal. Na Roma antiga era chamada "Septmana" - sete manhãs. Os babilônios talvez tenham sido os primeiros a utilizá-la.

A expressão "feira" tem origem em "féria" que indica a remuneração pelo dia de trabalho. Ainda hoje no Brasil, "féria" é o dinheiro recebido por um comerciante pelas vendas efetuadas naquele dia. Em bom e antigo português a “féria” está relacionada com o dia de trabalho.
Após o Cristianismo, foi  substituido a denominação de Dies Solis, em homenagem a Mitra ou Feria-prima para Dominica (dia do Senhor), que por sua vez foi adotada por povos latinos.

 Em inglês, os nomes derivam de figuras da mitologia anglo-saxã, associadas aos deuses da mitologia romana: Tiu (Marte), Woden (Mercúrio), Thor (Júpiter) e Freya (Vênus) viraram, respectivamente, Tuesday (terça), Wednesday (quarta), Thursday (quinta) e Friday (sexta). Sábado e domingo têm a ver com Saturno e Sol (Saturday e Sunday).


sexta-feira, 11 de maio de 2012

O ASSASSINATO DE JOÃO PAULO I


Quando falamos sobre o papa João Paulo, pra maioria das pessoas vem a mente Karol Józef Wojtyla, pois este "reinou" em seu papado por 25 anos, mas era João Paulo II, poucos lembram que existiu João Paulo I, o Papa sorriso, que teve um brevíssimo papado, e sua misteriosa morte é alvo de inúmeras contradições e teorias.

O ano era 1978, 26 de Agosto, o conclave decidiu e a fumaça branca surge, "Habemus Papam", Albino Luciani é o novo Papa, homenageia seus antecessores, João XXIII e Paulo VI, trinta e três dias depois é encontrado morto em seu quarto, vítima de um enfarto do miocárdio, então com 66 anos.
Logo surgem teorias conspiratórias de que o Papa havia sido assassinado.

Sua eleição como papa causou quase tanta estupefação, como a sua morte 33 dias depois.  Como podia o “candidato de Deus” escolhido com tal entusiasmo por cardeais orientados pelo “Espírito Santo” já estar morto?

Ele estava disposto a fazer mudanças dentro das estruturas de uma das instituições mais poderosas da humanidade. Queria rever a estrutura da Cúria, com a publicação de várias cartas pastorais sobre a colegialidade dos bispos, rever as condições das mulheres na Igreja, a pobreza no mundo e aunidade da Igreja; além de acabar com o negócio da IOR (Instituto para obras Religiosas), em especial o seu casamento com Banco Ambrosiano, exigindo transparência, mesmo em frente aos maçons e à máfia.



Uma das primeiras suspeitas foi levantada por uma organização ligada ao ultra-tradicionalista Arcebispo Lefebvre: o papa fora assassinado por “liberais” da igreja católica, porque planejava abolir as modificações introduzidas pelo Concilio Vaticano. 

Outra é que teria descoberto que o diretor do Banco do Vaticano, Arcebispo Paul Marcinkus, estava envolvido num enorme esquema de corrupção e negociatas com a Máfia Italiana e a Maçonaria. Marcinkus era próximo do presidente do Banco Ambrosiano de Milão, Roberto Calvi, por sua vez amigo do advogado e financista siciliano Michele Sindona. Os três mantinham relações com Lício Gelli, outro financista que controlava a loja maçônica P2 (Propaganda Due), a qual teria se infiltrado no Vaticano.
A teoria é que João Paulo I, exporia o esquema, e por isso foi assassinado com uma injeção letal, por membros da própria Igreja.
Alguns fatos que corroboram com essa teoria:

Em 1982, Roberto Calvi, foi acusado de lavar dinheiro pra máfia, junto com  Arcebispo Paul Marcinkus.
R. Calvi  e Paul Marcinkus
Calvi foi encontrado enforcado sob uma ponte em Londres, no mesmo dia a secretária dele, Graziella Corrocher, resolveu se jogar pela janela do Banco de Milão.


No dia seguinte a morte de João Paulo, a agência Ansa noticiou que os embalsamadores, os irmãos Ernesto e Renato Signoracci, foram apanhados em suas casas por um carro do Vaticano às cinco horas da manhã e levados diretamente à morgue da pequena cidade-estado, onde começaram o seu trabalho. Só que descoberta oficial do corpo deu-se as 5h30. O Vaticano nunca se pronunciou a respeito.

No Código de Direito Canônico de 1917 eram excomungados os católicos que fizessem parte da maçonaria, e no de 1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo II,  o cânon da excomunhão desaparece, junto com a menção explícita da maçonaria.



Todas essas teorias entre Igreja, Maçons e Máfia, aparecem no filme de Coppola, O Poderoso Chefão III, e nos livros Em nome de Deus, David Yallop,

 e no Um Ladrão na Noite, John Cornwell, cujo prefácio é:

 “Esta é a história de uma investigação das circunstâncias da morte súbita do Papa João Paulo I(...) e as alegações de que teria sido assassinado por altos prelados da Igreja Católica Romana”. 

Na quinzena que se seguiu a morte do papa choveram declarações porta-vozes do Vaticano, e de importantes testemunhas, oficiais ou não.
 
Nessas declarações, Cornwell detectou dez contradições que persistem até hoje e que envolvem um grave desacordo a respeito dos seguintes pontos:

1º- Quem encontrou o corpo?

2º- onde o corpo foi encontrado?

3º- A causa oficial da morte.

4º- A estimativa da hora da morte.

5º- A hora e a legalidade do embalsama­mento.

6º- O que o papa tinha nas mãos no momento da morte.

7º - O verdadeiro estado de sua saúde nos meses anteriores à sua morte.

8º- O paradeiro dos objetos pessoais do papa que estavam na alcova papal.

9º- Se a Cória havia ou não ordenado e realizado uma autópsia secreta.

10º- Se os embalsamadores haviam ou não sido chamados antes de o corpo ser oficial­mente encontrado. 

O corpo nunca foi periciado, ao contrário de seu sucessor João Paulo II que teve se cadáver meticulosamente analisado.
Funeral de João Paulo II
Para os mais céticos que duvidam de que próprios membros da Igreja teria assassinado João Paulo I, esclareço que essa prática não é incomum ao longo da história do Vaticano.

Mortos em nome de Deus:

João VIII, o primeiro papa a ser morto, foi envenenado em 882 por membros de sua própria corte. A poção demorou tanto a agir, e ele foi eliminado à pancada. Aproximadamente dez anos mais tarde, o corpo do Papa Formoso, envenenado por uma facção dissidente do seu séquito, foi exumado pelo seu sucessor, Estevão VII, solenemente excomungado, mutilado, arrastado pelas ruas de Roma e lançado às águas do Tíbre.

No século dez, João X foi envenenado no cárcere por Marozia, filha de sua amante e mãe de João XI. Ainda no mesmo século, foram envenenados Benedito VI e João XIV.

Silvestre II, conhecido como O Mago, por suas alegadas transações com o diabo, foi envenenado e, poucas décadas depois, também Clemente II.

No apagar das luzes do século XIII, Celestino V foi envenenado pelo seu sucessor, Bonifácio VIII. Nos primeiros anos do século XIV, Benedito XI morreu por ter ingerido vidro moído misturado com figos. 

Cerca de 150 anos se passaram, até a morte de Paulo II, depois de comer “dois grandes melões”. Embora a causa da morte possa ter sido o pecado mortal da gula, suspeitou-se de veneno.

E em 1503, Alexandre VI, o famigerado papa da família Borgia, morreu envenenado de uma poção destinada à outra pessoa. A maneira de sua morte sugere arsênico.
 

Em 1939,  Pio XI, de 82 anos, planejava um discurso especial contra o fascismo e o anti-semitismo e denunciaria a concordata firmada com Mussolini. Morreu na manhã seguinte, antes de poder ler o seu discurso, cujo texto nunca foi encontrado.
Embora João Paulo I tenha permanecido apenas 33 dias, não o mais curto de todos. Este triste privilégio coube a Urbano VII, que, em 1590, ocupou o trono de São Pedro durante 13 dias, morrendo de morte natural, assim como Celestino III, que, em 1045, foi papa por 22 dias e Marcelo II, que reinou 23 dias, em 1555. O único que teve morte violenta foi o já citado Dâmaso II, cujo papado, em 1048, durou 24 dias. 

E temos aqui só uma parte dos mistérios e teorias que cercam o Vaticano e seu enorme poder mundial, talvez se descobríssemos toda a verdade sobre a Igreja Católica, o catolicismo pereceria, pois não suportaria tais revelações.