"UMA MENTE EXPANDIDA PELO CONHECIMENTO JAMAIS RETORNA AO SEU TAMANHO ORIGINAL"

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domingo, 22 de dezembro de 2013

VOCÊ SABE PARA QUEM ESTA REZANDO?

Na concepção da palavra todas são seitas (latim secta= seguidor, seguir)  
Religião desde os primórdios é considerado um tema delicado, muitos já perderam sua vida somente por fazer indagações, questionamentos sobre dogmas, o próprio Sócrates, há 2500 anos, foi condenado à morte por supostamente não acreditar nos deuses, e por corromper a juventude (ele incitava os jovens a questionar tudo e todos).
Entretanto, ao longo da história muitos se atreveram questionar, pois caso contrário estaríamos ainda sobre a mão de ferro da santa inquisição.

Mesmo atualmente, pleno século XXI, questionar, desmitificar, apontar contradições, ser apostata (aquele que se afasta de alguma religião) ou mesmo ser ateu ou agnóstico, ainda é um ato que choca as pessoas, em sua maioria, pois está tão enraizado em nossa formação cristã portuguesa, que mesmo na era da informação disponível a um click, ainda causa perplexidade.
 
Nesse bojo resumi as postagens sobre religiões, dogmas, mitos e crenças, antigas e contemporâneas (todas estão em link, só clicar):


A gnose liberta, nesse post está o famoso documentário Zeitgeist, sendo dividido em 3 partes, sobre religião, guerras e política mundial, com a parte religiosa na versão dublada, e por fim o documentário completo.


Na história bíblica de Yeshua ou Jesus, há uma lacuna entre seus 12 e 30 anos, sendo que diversas teorias tentam preencher esse lapso.
Surge uma em que Jesus teria ido para o Oriente, para a Índia, buscar conhecimento, e com esse sincretizou o budismo e doutrinas orientais para “criar” uma nova religião, o cristianismo.
  
 
 Até pouco tempo, em termos históricos, achávamos que o Sol girava em torno da Terra, e que éramos o centro do universo, com o passar dos séculos, com o desenvolvimento do conhecimento, a cada nova descoberta nos damos conta de que nossa presença no planeta é insignificante, se compararmos a grandeza do desconhecido universo.

 
O lado místico de Jesus não se pode questionar, entretanto, a parte mítica, a construção do de seu mito, está cercado de contradições, sincretismo, e usurpação, o Jesus histórico ainda é muito difícil de se analisar, por falta de documentos, entretanto faz-se mister tecer alguns comentários desmitificando a figura que foi criada minuciosamente através dos séculos.
  
 
Muitos conhecem a história bíblica do Gênesis, Adão e Eva, entretanto poucos sabem que Eva não foi a primeira mulher de Adão, e sim Lilith.
 Criada por Deus junto com Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.


Figura muito presente na cultura judaico-cristã, e também presente em muitas religiões, que se baseiam no binômio bem versus mal, sendo que todo o mal do mundo só existe pelo fato desse ser corromper as mentes fracas...o tinhoso, o demo, o cramunhão, belzebu, satanás, lúcifer, a besta 666 ou simplesmente o diabo....
Só que essa personificação do mal, nem sempre existiu da forma que conhecemos hoje, historicamente, foram feitos inúmeros sincretismos, incorporando a essa figura do mal, elementos de outras mitologias, pois deuses ou espíritos malignos estão presentes em muitas culturas.


Ao longo da história da humanidade o Homem sempre buscou auxílio para seus problemas, ou explicações para cousas do seu cotidiano, as quais ele não tinha como explicar.
Se estava muito frio, rezamos para o Deus do Sol, se não chove, para o Deus da chuva, numa peste que atormenta seus pares, rezamos para o Deus da Cura, para ganhar a guerra, Deus da Guerra, se algum Deus está descontente, façamos oferendas, sacrifícios, e assim segue...
E com o passar dos milênios, foi se nomeando Deuses e mais Deuses, alguns foram só trocando de nomes, com o sincretismo.


Em 1974, após o uso de uma substancia alucinógena, mescalina, entrou em contato com a Cultura Racional, um grupo conhecido por divulgar as ideias escritas pelo carioca Manoel Jacintho Coelho, líder da doutrina explicada no livro Universo em Desencanto (espécie de Bíblia).
O que Tim descobriu, foi um fato que corriqueiramente acontece com milhares de pessoas, tanto no passado, quanto no presente, pessoas em busca de “ajuda”, de solução para seus problemas, veem na religião e em seus líderes, um caminho, más são explorados financeiramente, sendo que poucos “acordam” e se libertam desse estelionato.


A ideia de que alienígenas nos visitaram e ajudaram o ser Humano a se desenvolver, é um tema que a cada dia ganha novos adeptos, pois se pensarmos, de meros coletores primitivos, passamos a fazer coisas notáveis: pirâmides, estruturas complexas, escrita, conhecimento astrológico, conhecimento de medicinal, entre outros.
E muitas evidências vem dos textos sagrados, a própria Bíblia relata em várias passagem a visita e o contato com seres "superiores", também existem relatos em textos hindus, como a Mahabharata.

 
Religião Hindu/Persa que remonta há quase 3500 anos, sendo Mitra o Deus sol, filho de uma virgem, é o filho de um deus supremo, influenciou o cristianismo, que deste usurpou datas e comemorações, como seu nascimento a 25 de Dezembro e seu dia sagrado o domingo (o dia do sol, Sunday).

 Zoroastro, e seu deus supremo e único, influenciou tanto o judaísmo, por consequência o cristianismo, e também o islamismo.
A noção de bem versus mal, um ser supremo que é desafiado por um inimigo poderoso, a personificação do mal, que tenta os homens e os leva a se corromperem, que é sinônimo de ganância, de trevas, a ideia de livre-arbítrio, na salvação e ressurreição, em anjos da guarda, o juízo final, onde retornarão ao paraíso os escolhidos, com punição para os maus, e recompensa para os bons, todas são originárias do Zoroastrismo.

 
 Estão em diversos canais de mídia, TV, Rádio, jornais, usam camisa manga curta com gravata (estereótipo do vendedor), vendem promessas e retornos financeiros concedidos por Deus/YHWH/Jesus, sob determinadas condições, a título oneroso, é a chamada Teoria da Prosperidade.
Como surgiu, foi se modificando ao longo do tempo, e desembarcou no Brasil, para alegria e riqueza de alguns espertos.

 
Entre os anos 850 e 858 começou a circular na Europa, histórias sobre um Papa do sexo feminino, sendo considerada para alguns, uma mera lenda, para outros, um dos maiores segredos da Igreja Católica, permanecendo até hoje envolta mistérios.

Faremos algumas indagações, o que é a verdade? O que é a real? O que é sabedoria? O que é conhecimento? Como ter certeza que algo que nos é contado, realmente foi o que aconteceu?
Sócrates atreveu-se a questionar, Platão o cita em seu famoso e atual mito da caverna, onde Sócrates explica através de metáfora e suposições, os medos, as ilusões e uma proposta nova de realidade.

 
De onde afinal viemos? Se tirarmos a religião com seu criacionismo, oriundo de Deus, mesmo seguindo a teoria da evolução de Darwin, algumas lacunas não se completam, pois por que somente os homens evoluíram? As outras espécies que são muito mais antigas permaneceram estagnadas, como os crocodilos, que conviveram com os dinossauros, ou seja, tiveram milhões de anos para evoluírem, conforme Darwin, e isto não aconteceu.
Temos aqui um impasse, porém uma teoria encaixa-se perfeitamente, segundo Erich VonDaniken, com seu Eram os Deuses Astronautas, consolidando-se com a tradução das placas sumérias por  Zacarias Sitim,  na qual relevou a fascinante cultura dos Sumérios, a mais antiga civilização conhecida.

Em 1849 foi descoberto diversos tabletes de argila, com inscrições cuneiformes sumérias, sendo a primeira civilização do mundo, aparentemente influenciaram outros povos, refletindo tanto na mitologia grega, quanto na hebraica.
Alguns textos relatam a Epopeia de Gilgamesh,  sobre a criação do homem, briga entre irmãos, dilúvio como punição, a arca para salvar animais e família, entre outras coincidências com passagens bíblicas (por volta de 3 mil anos depois dos sumérios).

Muitas datas são comemoradas sem que as pessoas saibam o que realmente originou aquela celebração, ou na maioria dos casos, comemoram uma cousa que na verdade tem outro significado, sendo que com o passar dos anos a mídia e o consumismo alteraram drasticamente o real significado de muitos feriados.
  
 O preconceito é algo que as vezes está tão enraizado nas pessoas que elas nem sabem ô por que pensão de um determinado jeito.
Se tema for religião afrodescendente então o estigma e o preconceito vem desde a época colonial, com resquícios até os dias atuais.

 Esse é um dos mais poderosos símbolos que já existiu, ao meu ver é um sinônimo de conhecimento e libertação, algo que existe há 5.000 anos, sendo poderoso até os dias atuais.
Olho de Hórus, é uma referência direta às fontes mais antigas (egípcias) dos conhecimentos ocultistas, esotéricos e alquímicos, sendo que, em última análise, simboliza poder, domínio, riqueza e vida no além. Para o ocultismo, rosacruciano, cabalista, teosófico e gnóstico, entre outros.

Moisés de Michelangelo
 Pode se fazer uma analogia a um borrão num quadro, pois cada um vê aquilo que lhe convêm.
Como livro de auto-ajuda, sabedoria e fé, não há questionamentos, entretanto, como o livro foi escrito por volta do ano 1000 a.C., de contos orais que remontam há pelo menos mais mil anos antes, aparentemente escrita por diversos autores, em diversas datas diferentes.
Numa análise mais crítica há diversas contradições, erros históricos e conflitos sobre os mesmos relatos.

 Ao decorrer da história, em se tratando de religião, diversos personagens sofreram alguma alteração em sua origem ou em seu significado, para o bem ou para o mal, dependendo do interesse que estava em jogo, nesse post segue três figuras muito conhecidas do cristianismo, Satanás, Lúcifer e Demônios.

sábado, 7 de dezembro de 2013

MITHRA, O DEUS SOL INVICTO

Ao longo do curso da História, algumas religiões sincretizaram, adaptaram ou mesmo usurparam mitos mais antigos, cultos sumérios, egípcios, persas, entre outros. A religião judaico-cristã, fez desses expedientes para moldar seus mitos, símbolos e rituais, sendo que atualmente a maioria desses religiosos desconhecem a origem de seus cultos e ou comemorações.
 
 MITRAISMO

 Embora há muitas controvérsias sobre a etimologia de Mithra, sua origem remonta a Índia védica, sendo a versão persa seja a mais conhecida.
 
Para os hindus, desde 1380 a.C., tem uma face jurídico-sacerdotal, conciliadora, luminosa, próxima da terra e dos homens. Mitra é o Deus soberano sob seu aspecto racional, claro, regrado, calmo, benevolente, sacerdotal.

Para os persas, o mitraismo precede o monoteísmo zoroastriano.

O Sol é seu olho,  é um deus da luz, da aurora, guardião que socorre as criaturas, onisciente e vitorioso, metamorfoseando-o paulatinamente num deus guerreiro.
 
Mithra continua deus do contrato e do acordo (significado em Hindu) e assegura uma ligação entre os diferentes níveis da sociedade da qual é garantidor da ordem.
 
É um deus solar com mil olhos e orelhas e, um deus da fertilidade dos campos e dos rebanhos. Mithra seria filho de Anihata (Anahita), a gênia feminina do fogo, uma espécie de Virgem Imaculada, Mãe de Deus. 
Isis e o menino hórus 4.000a.C. / Maria e menino Jesus
Mithra se une a Ahúra Masda (deus supremo ou todo poderoso), a partir daí, é adorado como a luz que ilumina todo o mundo.
É Deus de forma humana, representado sob a forma de um jovem montado num touro e, com uma das mãos, empunha uma adaga para o degolar.

 Deus solar, também é representado com a cabeça de um Leão quando é saudado com o título de Sol invictus.

Seu dia sagrado, o Solis Invictus, é comemorado a 25 de Dezembro, mesma data do nascimento de Hórus e celebrando a“vinda da nova luz” (essa data é calculada pelas luas e pelos astros para cair no Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano, pois o calendário que utilizamos, gregoriano, predominou há poucos séculos).
 
No século IV d.C, por ordem Papal, como as comemorações nodia 25 Dezembro eram populares, com banquetes e grandes festas, usurpou a data, sendo que a partir daquela data, seria comemorado o nascimento de Jesus e não mais o deus pagão Mithra.

 Mithra era considerado o “Filho de Deus”; filho de Ahura Mazda, recebeu a incumbência de matar o touro primordial, matar o touro é o motivo principal do culto mitraico.

Mithra nasce em uma gruta e o céu é sua casa.
Era chamado de “A Verdade”, “A Luz”.

A cena possivelmente se passa numa gruta. Um corvo, mensageiro do sol, está quase sempre na borda do rochedo.

Vê-se ainda um cão se aproximando para beber o sangue da vítima, uma serpente enroscada dentro de uma pequena cratera e ao redor de um recipiente, um leão ameaçador, espigas de trigo sobre o rabo do touro e um escorpião que pica os testículos do animal morto.

Mitra passa a ser representado como um general militar. É o Amigo do homem durante a sua vida e seu protetor contra o mal após a sua morte.

Por mais de trezentos anos, os romanos adorarão Mitra, No final do século III, Mitra era adorado da Escócia à Índia, chegando até a oeste da China, onde era conhecido como Amigo, nome que indica uma filiação védica.

MITHRA & CRISTIANISMO

Os pontos comuns entre o cristianismo e o mitraísmo são inúmeros:

O nascimento de Cristo é anunciado por uma estrela assim como o de Mitridate Eupator.
 
Ambos são nascidos de uma Virgem Imaculada que toma o nome de Mãe de Deus.

A caverna, a gruta são os locais de nascimentos tanto de Cristo quanto de Mitra.

A presença de pastores e de seu rebanho também estão presentes em ambos os nascimentos.

O ouro, símbolo do Sol, tem uma importância crucial na liturgia cristã.

Deus é Amor mas também Luz. Comemora-se o nascimento dos dois deuses em 25 de dezembro (embora Jesus tenha nascido provavelmente em março) solstício de Verão no Hemisfério Norte.
 
A vontade de neutralizar as potências do mal, a guerra entre as duas potências e a vitória do Bem.

A consagração do pão e do vinho estão presentes entre os cristãos e os iniciados de Mitra.

No grau de Soldado (Miles), o iniciado é marcado com uma cruz de ferro em brasa sobre a fronte ( a marca da besta).

A imortalidade da alma e a ressurreição final.


A fonte jorrando da rocha, a utilização de sinos, os livros e as velas, a água santa e a comunhão.
 

A insistência numa conduta moral, o sacrifício ritual, a angeologia, a teologia da luz, dualidade deus-diabo, o fim do mundo e o apocalipse são também comuns em ambas as religiões.
 
 Alguns afrescos, encontrados na parte mais central do Mithraeum (templo subterrâneo de adoração), representam Mitra com a cabeça voltada para o alto ou para o lado, significando desgosto com o que está fazendo.
 

As missas são celebradas no Domingo de manhã (fora da tradição judaica do Sábado), O Dia do Sol, a Igreja latina alterou os nomes dos dias justamente por esse motivo, o Sunday, virou domínicas, dia do senhor).
 
O chapéu que os papas, cardeais e bispos usam chama-se Mitra e o templo maior de Mithra ficava em um lugar conhecido como Colina Vaticano, que também foi “substituído” pela Igreja principal católica.
 

 POR QUE MATAR O TOURO?

Várias civilizações associavam o touro poder e força, vigor, desde o Minotauro que foi morto por Terseu, na Grécia antiga, às touradas atuais ou aos rodeios, ou mesmo o churrasco aos domingos, a figura do touro é central.
Influência de Mithra na Grécia

Entretanto, há outra explicação, a cósmica: a precessão dos equinócios, literalmente um círculo imaginário, riscado na esfera celeste pela projeção do eixo de rotação terrestre, resulta de um movimento vagaroso para trás ao longo do zodíaco, passando sobre uma constelação do zodíaco a cada Era de 2.160 anos (aproximadamente) e percorrendo todo o zodíaco a cada 25.920 anos ( O grande ano).
 
Vivemos atualmente sobre o final da constelação de Peixes (Era de peixes), por isso o símbolo de peixes é muito usado no cristianismo, mesmo sendo um símbolo pagão de origem suméria.
 
Símbolo do zodíaco criado pelos sumérios há +- 6000 anos.
Em algumas dezenas de anos, estaremos entrando em Aquário.

Doc. Zeitgeist dublado (link)
Em Áries de 2000 a.C. até o nascimento de Cristo, com Moisés, sendo a figura do carneiro também bastante usada na mitologia hebraica, os judeus até hoje assopram o chifre do carneiro, shofar, num ritual, também se usou essa simbologia na alegoria de que Moises ao descer do monte Sinai depara se com seu povo adorando o bezerro, que representava a Era passada, e Moises se enfurece.
 
Entre 4.000 a 2.000 a.C., mais ou menos, A Era de Touro, assim matando o animal, representa o fim da Era de Touro, início da Era de Aries, Mitra, o deus Todo-Poderoso, que poderia reger e mudar todo o sistema cósmico.


Assim como a maçonaria foi a religião clandestina da 3ª República Francesa, o mitraísmo sustentava subterraneamente a ideologia da Roma Imperial.
 
O mitraismo influenciou boa parte da maçonaria moderna, com seus ritos, mistérios e símbolos.

A fraternidade entre os membros, a exigência de uma conduta moral, a vontade de defender, de maneira ativa e não contemplativa, o bem e a virtude são, ao mesmo tempo, padrões maçônicos e mitraícos.
A defesa da ordem política e social, o culto exclusivamente masculino são também pontos comuns.

Ritualisticamente encontram-se os seguintes traços: a mania pelo número 7, a existência de graus iniciáticos, as velas, os altares, a Luz, as palavras de passe, etc.
 O templo maçônico pode ser visto como uma gruta mitraíca, a câmara de reflexões; o teto estrelado do templo tem profunda semelhança com os mitraícos.
Os templários, a tradição judaica e cristã foram os grandes transmissores de símbolos mitraícos.

 COMEMORAÇÕES

Consagrava-se o pão e a água, bebia-se o vinho que simbolizava o sangue do touro e comia-se a carne assada.

A liturgia constava de ofícios e orações; manducação de pão, de água e vinho, acompanhadas de fórmulas sagradas; danças de luzes e fórmulas de êxtase; orações ao nascer do Sol, ao meio-dia e ao ocaso.
 
Os celtas também tinham o costume de fazer sacrifícios ao Deus-Sol. Mas ao invés do touro, sacrificavam o Javali, símbolo do sol. Quem já leu as aventuras de Asterix sabe que toda vitória era comemorada com um grande banquete celebrado por toda a vila, em um Ágape Fraternal.
 
 Os cristãos  substituem o touro imolado e o sangue pelo pão e vinho egípcios: o pão representando o corpo de Osíris e o vinho o sangue de Osíris (“tomai e comei todos vós; este é o meu corpo e o meu sangue que é derramado por vós” é uma oração egípcia e representa o sacrifício de Osíris).
 
Com o tempo, as pessoas passaram a preferir a eucaristia vegetariana de Yeshua ao invés do banquete carnívoro de Mithra e o ritual de culto ao Deus-Sol acabou se transformando no que chamamos hoje de Eucaristia.
 
QUEDA

Com o cristianismo oficializado no Império Romano, pelo Edito de Milão, expedido por Constantino, os cristãos rapidamente tomaram os postos dos sacerdotes pagãos na sociedade, inclusive mantendo as festas, rituais, vestimentas e indumentárias mitraicas.

Em Roma o papa cristão passou a ser o Pontífice, substituindo de maneira pomposa o anterior chefe religioso pagão.

O cristianismo ao se tornar religião do Império Romano, se sobressaiu ao mitraismo por sua feição mais próxima das massas. O mitraismo era uma pratica com liturgia elitista em pequenas sociedades secretas na qual as mulheres eram excluídas, sendo muito disseminado entre os militares. Não se propunha ser uma religião de massa, aberto a todos, e os seguidores de mithra não tiveram a ideia de fazê-lo morrer para salvar o mundo.
Como os persas eram inimigos hereditários do Império Romano, os cristãos fizeram de tudo para ligar o mitraísmo a uma religião “inimiga”, persa por excelência, pois os romanos não deveriam adorar um deus importado do adversário.

Tertuliano presenciou as cerimônias de culto à mithra e chamou este ritual de “Paródia Satânica daEucaristia”, ou “Missa Negra” e muitas das histórias bizarras inventadas sobre o “satanismo” foram derivadas destes cultos.
 
 No Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: “umser imenso e escuro, com chifres na cabeça e patas de bode”.Claramente uma mistura de Mithra, Pan e Cernunnus (entre outros).
 
O mitraísmo sobreviveu em Roma até 394 sendo que a Basílica de São Pedro foi construída sobre o local do último culto mitraíco: o Phrygianum. A partir daí, o cristianismo construiu, boa parte de seus templos, acima de cavernas que continham Mithrae, seja em Roma seja nas províncias do Império. A catedral de Canterbury e a de São Paulo em Londres, o mosteiro do Monte Saint-Michel e algumas catedrais em Paris estão construídas sobre antigos Mithrae em ruínas.