"UMA MENTE EXPANDIDA PELO CONHECIMENTO JAMAIS RETORNA AO SEU TAMANHO ORIGINAL"

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quinta-feira, 30 de maio de 2013

A PAPISA JOANA

História ou lenda, o que se sabe é que com a ascensão do Cristianismo, e o advento da Igreja católica, as mulheres ficaram em segundo plano, sem muitos direitos.
Vemos isso com Maria Madalena, que era pra ser a líder da nova igreja, tendo assumido esse posto o apóstolo Pedro. Logo a Igreja deturpa a imagem de Madalena, para que nenhuma outra mulher assuma postos no alto escalão,  fato que até nos dias atuais ainda perdura, de ela ser uma prostituta arrependida, coisa não relatada na Bíblia.


Entre os anos 850 e 858 começou a circular na Europa, histórias sobre um Papa do sexo feminino, sendo considerada para alguns, uma mera lenda, para outros, um dos maiores segredos da Igreja Católica, permanecendo até hoje envolta mistérios.
 
Na idade das trevas, a mulher era dispensado quaisquer direito, sentavam-se ao fundo nas igrejas, não podiam falar em publico, estudar, sua função era procriar e obedecer, porque Deus quisera assim...


Sobre a lenda há diversas vertentes:

•     De que Joana havia nascido no oriente, com nome de Giliberta, e vestia-se de homem para estudar Filosofia e Teologia. Sendo o estudo proibido a mulheres. Por isso alguns acreditam que os Católicos Ortodoxos possam ter implantado essa lenda para macular o nome da igreja “inimiga”.

Depois de algum tempo, Joana (ainda como homem), impressionara  os doutores da Igreja Católica com sua sabedoria. Após a morte do Papa Leão IV, ela/ele assumiria o cargo papal como João VII, pois a votação a época era da comunidade. A mesma versão também conta que Joana havia se apaixonado por um guarda suíço e engravidara dele.




•     Já a versão difundida pelo cronista Martinho de Opava conta que Joana havia nascido na Alemanha, e era filha de um casal inglês.

Na idade adulta, casou-se  com um monge e foi morar na Grécia, onde teria se vestido de homem para não causar escândalos. Começou a se chamar Johannes Angelicus, e tornou-se monge, e posteriormente um cardeal (João, O inglês). Após a morte do Papa Leão IV, com voto unânime, tornou-se Papa. Nessa versão também engravidara. A justificativa de ninguém descobrir o fato é que as roupas do Papa são largas o suficiente para não se perceber uma barriga.




Para a morte de Joana também existem duas versões:
Na primeira delas, ela morreu com complicações no parto enquanto os cardeais gritavam ao pé da cama: “É um milagre!”.

Na segunda, Joana teria as dores do parto em meio de uma procissão e morreria apedrejada pelos fiéis, pois eles acreditavam que o trono de São Pedro havia sido profanado.
Até hoje pouco se sabe sobre o quanto há de verdade nessa lenda. Um fato muito peculiar é que uma das cartas do Tarot teria “A Papisa” representa a “sabedoria e a chave de todos os mistérios do mundo”.
 
Para muitos a história da Papisa é pura lenda, e o argumento principal é a falta de registos sobre ela em documentos da época.

Entretanto, ao analisar o poder da Igreja naqueles tempos, e que os historiadores eram prelados(ligados a Igreja), esses fatores por si só já levantam dúvidas sobre o que realmente aconteceu, pois, a Igreja modificou, e ou deturpou, diversos fatos históricos de acordo com seus interesses.
A mãe Isis e o menino Hórus, 3000 anos depois, virou a Virgem maria com o menino Jesus
 Como toda boa teoria da conspiração, que não pode ser provada, mas que algumas evidencias apontam para uma determinada direção, temos:
  
•     Em 1276, o Papa João XX, após rigorosa investigação, mudou o seu nome para João XXI, reconhecendo, assim, o papado de Joana;

•     Existiu também, até 1601, entre os diversos bustos papais de terracota, na Catedral de Siena, um da Papisa. Por determinação do Papa Clemente VIII, desapareceu, nesse ano de 1601.

•     A rua evitada. Durante toda a alta e baixa Idade Média eram quase diárias as idas e vindas do palácio do Latrão (e residência oficial dos papas) à catedral de São Pedro. Essas procissões eram sempre feitas por um caminho direto.


•     Em 1486, o bispo-mestre-de-cerimônias-pontifícias, John Burchard, escreveu que Inocêncio VIII "na ida e na volta passou casualmente por aquela rua onde está localizada a estátua da papisa Joana como sinal de que João VTI Anglicus lá deu à luz uma criança. É por este motivo que não é permitido mais aos papas passar lá a cavalo" (John Burchard; "Liber Notarum"; em "Rerum Ibalicarum Scriptores"; Ed. L. A. Muratori).
  
•     Outro fato importante foi à existência de uma cadeira com um buraco no assento, que foi usada nas cerimônias da consagração papal, exatamente a partir do ano 857, data da morte da Papisa, até ao século XIX.
 
 O recém-eleito era ali sentado e procedia-se a um exame palpável para se determinar se havia testículos, a masculinidade, na versão da Igreja era uma cadeira para o pontífice se aliviar de suas necessidades fisiológicas.
 
•     Foi um monge irlandês, Marianus Scotus (1028-1086) que escreveu, primeiro, a vida da papisa Joana. Esse monge irlandês passou os últimos 17 anos de sua vida na abadia de Mainz, a mesma cidade alemã que cerca de 200 anos antes, viu nascer Joana. Marianus escreveu "História sui temporis clara'', que podemos encontrar em "Rerum Germanicarum Scriptores aliquot insignes", na edição de J. Pistorius, do ano de 1725.

Referindo-se ao ano de 854, Marianus escreve: “o papa Leão morreu  e foi sucedido por Joana, uma mulher, que reinou durante dois anos, cinco meses e quatro dias".

•     Outro historiador que fala da papisa Joana é Otto, bispo de Frisingen (Alemanha), parente dos imperadores do sagrado romano império, que morreu em 1258 depois de ter escrito sete livros de Crônicas.

“Há uma interrogação a respeito de um certo papa, ou melhor, papisa, que não é incluído na lista dos papas de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem. Um dia, quando montava a cavalo, deu à luz uma criança”.


•     Outro historiador que fala da papisa Joana é Gotfrid de Viterbo, capelão e secretário da Corte Imperial que escreveu no "Pantheon", no ano 1185, a seguinte observação: "Joana, a papisa, não é contada depois de Leão IV".


•     Também o dominicano; Jean de Mailly, de Metz (França), que escreveu "Chronica Universalis Mettensis" no ano de 1250. Escrevendo sobre os acontecimentos do ano de 1099, diz:   "Há uma interrogação a respeito de um certo papa, ou melhor, papisa, que não é incluído na lista dos papas de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem e a motivo de seus grandes talentos tornou-se secretário curial, cardeal e papa. Um dia, quando montava a cavalo, deu à luz uma criança".


De fato, ao longo da historia diversas mulheres se travestiram de homens, por diversos motivos, nos jogos Olímpicos da antiguidade, por exemplo, como era vedado as mulheres participarem, e para não terem certeza que só homens participarem, os competidores ficavam nus durante as provas.
Na maçonaria, o rito de iniciação é feito com um lado da camisa rasgado, de forma a aparecer o peito do novato, pois não é permitida a entrada de mulheres nas lojas maçônicas, como irmãos somente os homens.
 

No caso da Igreja, na Idade Media, as mulheres eram consideradas pecadores, sem almas e sem inteligência. O poder e as ordens vinham do homem, e a mulher deveria ser vista como personificação de Eva, do satanás, da culpada pela desgraça do homem. Por isso é plausível que mulheres se disfarçaram de homens para fugir da difícil e bruta  realidade que as assolavam.
 
 

sábado, 13 de abril de 2013

SÓCRATES, SAINDO DA CAVERNA

Primeiramente faremos algumas indagações, o que é a verdade? O que é a real? O que é sabedoria? O que é conhecimento? Como ter certeza que algo que nos é contado, realmente foi o que aconteceu?
Essas perguntas não são novas, há mais de 2500 anos, um filósofo as fazia, partindo do questionamento de tudo, para a partir daí tecer suas conclusões, seu nome SÓCRATES, um dos maiores pensadores que já existiu.

O que fazia de Sócrates um sábio era exatamente ele admitir que não o era, o famoso “só sei que nada sei” e também o nosce te ipsum (conheça-te a ti mesmo) inscrição que estava no Oráculo de Delfos.
 Sendo que primeiro devemos nos auto conhecer, a partir daí partirmos para o conhecimento exterior e nos aprofundar nesse saber.
Como não deixou nenhum documento escrito, um de seus ilustres discípulos, Platão, simula no livro A República, um diálogo entre o mestre, Sócrates e um discípulo, Glauco, nessa conversa surge talvez a maior parábola já escrita, ...O mito da caverna, o qual remete a questões sobre conhecimento, liberdade, ignorância e aprendizado. 

Sócrates faz Glauco imaginar prisioneiros no interior de uma caverna escura, os quais estão acorrentados pelos braços e pescoço, de forma a só poderem olhar para o fundo da caverna, imóveis.
Na entrada da caverna há uma fogueira, a qual projeta sombras para o fundo, sombras dos vultos das pessoas que transitam pela sua entrada, sendo essa a única visão que os prisioneiros tem, como eles nasceram e sempre foram prisioneiros acorrentados, não se dão conta disso, e acreditam que as sombras e a escuridão da caverna são a realidade.
Glauco acha os prisioneiros muito estranhos, e Sócrates lhe diz que são pessoas como nós, o que causa espanto em Glauco, pois devido a sua condição acham que estão vivendo normalmente suas vidas.
Eis que um prisioneiro consegue se libertar, e caminha, mesmo com medo, para a entrada da caverna, ao se aproximar da saída a luz do sol o cega, momentaneamente, pois como vivia nas trevas, seu corpo precisa de algum tempo de adaptação ao novo.
 
 
 





Consegue perceber então, que fora da caverna havia diversas pessoas, árvores, animais, os quais ao passar próximo a caverna projetava os vultos que até então achava ser a realidade, dá-se conta de que foi um escravo a vida toda, e que a realidade estava do lado de fora da caverna.
Ao voltar e tentar libertar os outros prisioneiros, encontra dificuldades, ninguém acredita em sua visão de realidade, que só poderia estar louco, e que a entrada da caverna danificou sua visão, sendo algo perigoso sair da caverna. Por mais que o liberto os tentasse persuadir e explicar que são prisioneiros vivendo um mundo fictício, os prisioneiros, por sua vez não acreditaram, e devido a sua insistência do liberto, acabam matando-o.
Decodificando as alegorias, as correntes que aprisionam são nossos medos, preconceitos, a maneira habitual a qual vemos o mundo; a escuridão da caverna é a ignorância humana; em contrapartida a Luz que cega o liberto é o conhecimento real das coisas; as sombras projetadas é o mundo que de alguma forma nos foi imposto, e que acreditamos ser o real.
O prisioneiro fica por um tempo cego ao sair da caverna, porque o novo é muito difícil de ser assimilado, ainda mais se sua mente já está fechada, você só tem certezas, nenhuma dúvida. 
Muitas pessoas crescem e ficam satisfeitas com o mundo que lhes fora imposto, por isso há tanta dificuldade de compreender o novo, Einstein resume isso na frase “a ignorância é uma bênção”, Raul Seixas diria “pena que eu não sou burro, não sofreria tanto”.
 Uma vez  liberto, adquirido qualquer tipo de conhecimento, é impossível voltar ao pensamento anterior “uma mente expandida pelo conhecimento, jamais retornará ao seu estado original” - Einstein, vemos isso quando crianças, com estórias sobre papai noel, fada dos dentes, loira do banheiro, homem do saco, coelho pascoa, etc...
Ao crescermos vamos adquirimos gradativamente mais conhecimento, e percebemos que as crenças de outrora, era nos imposto com algumas finalidades, ou entreter ou assustar, ou qualquer outra, e que não passam de alegorias, sombras no fundo da caverna, que ao descobrirmos só sombras, não real, não conseguimos voltar a acreditar.


Voltemos a Sócrates, com seus questionamentos, logo começou a incomodar muitas pessoas, políticos e outras importantes, foi acusado de não acreditar nos costumes e nos deuses gregos;Unir-se a deuses malignos que gostam de destruir as cidades e Corromper jovens com suas idéias, tudo explicitamente com motivos políticos.
Como um homem poderia ensinar de graça e pregar que não se precisavam de professores como eles?. Os acusadores não concordavam com os pensamentos de Sócrates, que dizia que para se acreditar em algo, era preciso verificar se aquilo realmente era verdade.
Sócrates, por não abrir mão de suas convicções, foi condenado e sentenciado a morte, confinado em prisão se segurança mínima, negou-se a fugir, pois acreditava e respeitava as leis, e cumpriu sua sentença bebendo cicuta, líquido mortal.