História ou lenda, o que se
sabe é que com a ascensão do Cristianismo, e o advento da Igreja católica, as
mulheres ficaram em segundo plano, sem muitos direitos.
Vemos isso com Maria Madalena, que era pra ser a líder
da nova igreja, tendo assumido esse posto o apóstolo Pedro. Logo a Igreja
deturpa a imagem de Madalena, para que nenhuma outra mulher assuma postos no
alto escalão, fato que até nos dias
atuais ainda perdura, de ela ser uma prostituta arrependida, coisa não relatada
na Bíblia.
Entre os anos 850 e 858 começou a circular na Europa, histórias sobre um Papa do sexo feminino, sendo considerada para
alguns, uma mera lenda, para outros, um dos maiores segredos da Igreja Católica,
permanecendo até hoje envolta mistérios.
Na idade das trevas, a
mulher era dispensado quaisquer direito, sentavam-se ao fundo nas igrejas, não
podiam falar em publico, estudar, sua função era procriar e obedecer, porque
Deus quisera assim...
Sobre a lenda há diversas
vertentes:
• De que Joana havia nascido no oriente, com nome de Giliberta, e
vestia-se de homem para estudar Filosofia e Teologia. Sendo o estudo proibido a
mulheres. Por isso alguns acreditam que os Católicos Ortodoxos possam ter implantado
essa lenda para macular o nome da igreja “inimiga”.
Depois de algum tempo, Joana
(ainda como homem), impressionara os
doutores da Igreja Católica com sua sabedoria. Após a morte do Papa Leão IV,
ela/ele assumiria o cargo papal como João VII, pois a votação a época era da comunidade. A mesma versão também conta que
Joana havia se apaixonado por um guarda suíço e engravidara dele.
• Já a versão difundida pelo cronista Martinho de Opava conta que
Joana havia nascido na Alemanha, e era filha de um casal inglês.
Na idade adulta,
casou-se com um monge e foi morar na
Grécia, onde teria se vestido de homem para não causar escândalos. Começou a se
chamar Johannes Angelicus, e tornou-se monge, e posteriormente um cardeal
(João, O inglês). Após a morte do Papa Leão IV, com voto unânime, tornou-se
Papa. Nessa versão também engravidara. A justificativa de ninguém descobrir o
fato é que as roupas do Papa são largas o suficiente para não se perceber uma
barriga.
Para a morte de Joana também
existem duas versões:
Na primeira delas, ela
morreu com complicações no parto enquanto os cardeais gritavam ao pé da cama:
“É um milagre!”.
Na segunda, Joana teria as
dores do parto em meio de uma procissão e morreria apedrejada pelos fiéis, pois
eles acreditavam que o trono de São Pedro havia sido profanado.
Até hoje pouco se sabe sobre
o quanto há de verdade nessa lenda. Um fato muito peculiar é que uma das cartas
do Tarot teria “A Papisa” representa a “sabedoria e a chave de todos os
mistérios do mundo”.
Para muitos a história da Papisa
é pura lenda, e o argumento principal é a falta de registos sobre ela em
documentos da época.
Entretanto, ao analisar o poder da Igreja
naqueles tempos, e que os historiadores eram prelados(ligados a Igreja), esses fatores por si só já levantam dúvidas sobre o
que realmente aconteceu, pois, a Igreja modificou, e ou deturpou, diversos fatos
históricos de acordo com seus interesses.
A mãe Isis e o menino Hórus, 3000 anos depois, virou a Virgem maria com o menino Jesus |
Como toda boa teoria da
conspiração, que não pode ser provada, mas que algumas evidencias apontam para
uma determinada direção, temos:
• Em 1276, o Papa João XX, após rigorosa investigação, mudou o seu
nome para João XXI, reconhecendo, assim, o papado de Joana;
• Existiu também, até 1601, entre os diversos bustos papais de
terracota, na Catedral de Siena, um da Papisa. Por determinação do Papa
Clemente VIII, desapareceu, nesse ano de 1601.
• A rua evitada. Durante toda a alta e baixa Idade Média eram
quase diárias as idas e vindas do palácio do Latrão (e residência oficial dos
papas) à catedral de São Pedro. Essas procissões eram sempre feitas por um
caminho direto.
• Em 1486, o bispo-mestre-de-cerimônias-pontifícias, John
Burchard, escreveu que Inocêncio VIII "na ida e na volta passou
casualmente por aquela rua onde está localizada a estátua da papisa Joana como
sinal de que João VTI Anglicus lá deu à luz uma criança. É por este motivo que
não é permitido mais aos papas passar lá a cavalo" (John Burchard;
"Liber Notarum"; em "Rerum Ibalicarum Scriptores"; Ed. L.
A. Muratori).
• Outro fato importante foi à existência de uma cadeira com um
buraco no assento, que foi usada nas cerimônias da consagração papal,
exatamente a partir do ano 857, data da morte da Papisa, até ao século XIX.
O recém-eleito era ali sentado e procedia-se a
um exame palpável para se determinar se havia testículos, a masculinidade, na
versão da Igreja era uma cadeira para o pontífice se aliviar de suas
necessidades fisiológicas.
• Foi um monge irlandês, Marianus Scotus (1028-1086) que escreveu,
primeiro, a vida da papisa Joana. Esse monge irlandês passou os últimos 17 anos
de sua vida na abadia de Mainz, a mesma cidade alemã que cerca de 200 anos
antes, viu nascer Joana. Marianus escreveu "História sui temporis clara'',
que podemos encontrar em "Rerum Germanicarum Scriptores aliquot
insignes", na edição de J. Pistorius, do ano de 1725.
Referindo-se ao ano de 854,
Marianus escreve: “o papa Leão morreu e foi sucedido por
Joana, uma mulher, que reinou durante dois anos, cinco meses e quatro
dias".
• Outro historiador que fala da papisa Joana é Otto, bispo de
Frisingen (Alemanha), parente dos imperadores do sagrado romano império, que
morreu em 1258 depois de ter escrito sete livros de Crônicas.
“Há uma interrogação a
respeito de um certo papa, ou melhor, papisa, que não é incluído na lista dos
papas de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem. Um dia, quando
montava a cavalo, deu à luz uma criança”.
• Outro historiador que fala da papisa Joana é Gotfrid de Viterbo,
capelão e secretário da Corte Imperial que escreveu no "Pantheon", no
ano 1185, a seguinte observação: "Joana, a papisa, não é contada depois de
Leão IV".
• Também o dominicano; Jean de Mailly, de Metz (França), que
escreveu "Chronica Universalis Mettensis" no ano de 1250. Escrevendo
sobre os acontecimentos do ano de 1099, diz:
"Há uma interrogação a respeito de um certo papa, ou melhor,
papisa, que não é incluído na lista dos papas de Roma porque era uma mulher que
se disfarçava de homem e a motivo de seus grandes talentos tornou-se secretário
curial, cardeal e papa. Um dia, quando montava a cavalo, deu à luz uma
criança".
De fato, ao longo da
historia diversas mulheres se travestiram de homens, por diversos motivos, nos jogos Olímpicos da antiguidade, por exemplo, como era vedado as mulheres participarem, e
para não terem certeza que só homens participarem, os competidores ficavam nus
durante as provas.
Na maçonaria, o rito de
iniciação é feito com um lado da camisa rasgado, de forma a aparecer o peito do
novato, pois não é permitida a entrada de mulheres nas lojas maçônicas, como irmãos somente os homens.
No caso da Igreja, na Idade
Media, as mulheres eram consideradas pecadores, sem almas e sem inteligência. O
poder e as ordens vinham do homem, e a mulher deveria ser vista como
personificação de Eva, do satanás, da culpada pela desgraça do homem. Por isso
é plausível que mulheres se disfarçaram de homens para fugir da difícil e
bruta realidade que as assolavam.
As vezes ti considero como um lapidador de diamantes, pois demora pra mostrar suas obras mas quando mostradas podemos ver um belo trabalho. Sou um fã de seus trabalhos que sempre sao coerentes, diretos, imparciais e concretos, sem bla bla bla e sobre assuntos que muitas vezes ( se nao for todas.) o publico nao conhece.
ResponderExcluirObrigado.
Obrigado pelo comentario/elogio, desculpa a demora a postar, fim de semestre, mais a correria do dia dia, quando vou ver já se foi quase um mes...rs, valew abraços...
ExcluirMuito interessante! mais uma conspiração que a Igreja tenta manter...sempre leio sua pagina e admiro sua inteligencia. Força e Sabedoria. Valeu!
ResponderExcluirPapisa Joana... Novidade pra mim, afinal são coisas que nunca aprenderemos nem na escola nem nas igrejas, ha que ser um buscador de conhecimento para saber certas coisas. Lindo post, lindo bloggue, mas devia ver as cores do site estão muito ativas e isso deixa os visitante com os olhos a girar. O resto está tudo bonito, parabéns e continue assim.
ResponderExcluirCara!Que post!É incrivel!Estou até triste pela Joana!Por que mulheres eram tratadas desse jeito na idade
ResponderExcluirmédia?Deveria fazer um post sobre também o livro "O martelo das Bruxas".Eu li esse livro e fique muito
horrorisado!Cada coisa que faziam para acusar uma mulher de bruxa eram insanas!