"UMA MENTE EXPANDIDA PELO CONHECIMENTO JAMAIS RETORNA AO SEU TAMANHO ORIGINAL"

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sábado, 7 de julho de 2012

SERIA A BÍBLIA UM PLÁGIO SUMÉRIO?


Sem dúvida, a Bíblia  influenciou e influencia o mundo, entretanto, o que poucos sabem é que as narrativas bíblicas na verdade são compilações de textos muito mais antigos, vamos sair da caverna:

 

Em 1849 foi descoberto diversos tabletes de argila, com inscrições cuneiformes sumérias, sendo a primeira civilização do mundo, aparentemente influenciaram outros povos, refletindo tanto na mitologia grega, quanto na hebraica.
Tais documentos estavam nas ruínas na região da Mesopotâmia,  e pertenciam à biblioteca de Assurbanipal - o último grande rei do Império Assírio, o qual inspirou Alexandre o Grande a construir a famosa biblioteca de Alexandria.

Alguns textos relatam a Epopeia de Gilgamesh, composta de doze cantos com cerca de 300 versos cada um, é provavelmente o mais antigo texto literário escrito pelo homem, por volta do fim do terceiro milénio antes de Cristo.

Gilgamesh, cujo nome significa "o velho que rejuvenesce", foi rei da Suméria e fundador da cidade de Uruk (antiga cidade que se situava a 270 Km a sul de Bagdade) por volta de 2700 a.C.

Na Epopéia de Gilgamesh temos a criação do homem.
GILGAMESH

O povo de Uruk, descontente com a arrogância e luxúria do rei Gilgamesh, exige dos seus deuses a criação de um homem que fosse o reflexo do rei, e tão poderoso quanto ele para que pudesse enfrentá-lo e redimi-lo. O deus Anu, ouvindo o lamento da população, ordenou a Aruru, deusa da criação, que fizesse Enkidu:

“A deusa então concebeu em sua mente uma imagem cuja essência era a mesma de Anu, o deus do firmamento. Ela mergulhou as mãos na água e tomou um pedaço de barro; ela o deixou cair na selva, e assim foi criado o nobre Enkidu”.(SANDARS, 1992, p. 94)..     

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.(GENESIS, cap. 1, ver. 26).

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.(GENESIS, cap. 2, ver. 7).

Na Teogonia de Hesíodo, por volta do século VII a.C.,  descreve que o Titã Prometeus criou o homem fazendo um molde de barro e soprando-lhe vida, mas lhe faltava vida espiritual. Prometeu, então, roubou uma centelha do fogo divino para animar sua criatura.
Enkidu foi criado inocente, longe da malícia da civilização, vivendo entre as criaturas selvagens e compartilhando a natureza com elas:

“Ele era inocente a respeito do homem e nada conhecia do cultivo da terra. Enkidu comia grama nas colinas junto com as gazelas e rondava os poços de água com os animais da floresta; junto com os rebanhos de animais de caça, ele se alegrava com a água”.(SANDARS, 1992, p. 94).

“Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento”. (GENESIS, cap. 1, ver. 29-30).

O Rei Gilgamesh, sabendo da existência de Enkidu, incube uma missão a uma das prostitutas sagradas do templo da deusa Ishtar (deusa do amor e da fertilidade): seduzir Enkidu e trazê-lo para dentro das muralhas de Uruk. Enkidu deixou-se seduzir pela rameira e perdeu sua inocência, além de seu poder selvagem, tornando-se conhecedor da malícia do homem. Arrependido, lamenta-se, mas a rameira consola-o enfatizando as vantagens desta nova vida que está por vir:

“Enkidu perdera sua força pois agora tinha o conhecimento dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração”.(SANDARS, 1992, p. 96).

“Olho para ti e vejo que agora és como um deus. Por que anseias por voltar a correr pelos campos como as feras do mato?” (SANDARS, 1992, p. 99).
                       
“Porque Deus sabe que no dia em que comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (GENESIS, cap. 2, ver. 5).

Tentação e  o  pecado original, o conhecimento, sempre associando a uma forma pejorativa da figura feminina.

Enkidu, já na cidade de Uruk, enfrenta o rei Gilgamesh em combate. Vencendo-o, é reconhecido pelo rei como irmão, pois este jamais havia enfrentado alguém com tamanha força. Formando-se então uma grande amizade que protagoniza grandes aventuras e tragédias ao longo da epopéia.
GILGAMESH VS ENKIDU

 Discução entre Gilgamesh e Enkidu:

“… tu, um mercenário, que depende do trabalho para obter teu pão!” (SANDARS, 1992, p. 119).

“… maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida”.(GENESIS, cap. 3, ver. 16).

“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado”.(GENESIS, cap. 3, ver. 19).

Os heróis matam o monstro Humbaba, cortando-lhe a cabeça. Fato que irritou o poderoso Enlil (deus da terra, do vento e do ar universal), que exigiu a vida de um dos heróis pelo insulto.

Enlil enfurecido com a atitude do mortal decide enfim qual dos dois heróis deverá morrer. Enkidu então adoece e, sucumbindo à doença, impulsiona o rei Gilgamesh a sua missão final: a busca da imortalidade.
               
Gilgamesh parte em busca da imortalidade, e para isso, precisa obter este segredo dos deuses com o imortal Utnapishtim (Noé do Gênesis).  Ao encontrar Utnapishtim, ouve que este não poderá lhe tornar imortal, mas poderá revelar ao herói como se tornará um e conta sobre o dia em que os deuses, desgostosos com a sua criação (a humanidade), resolveram eliminá-la da terra:

“Naqueles dias a terra fervilhava, os homens multiplicavam-se e o mundo bramia como um touro selvagem. Este tumulto despertou o grande deus. Enlil ouviu o alvoroço e disse aos deuses reunidos em conselho: ‘O alvoroço dos humanos é intolerável, e o sono já não é mais possível por causa da balbúrdia.” Os deuses então concordaram em exterminar a raça humana”.(SANDARS, 1992, p. 149).

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”.(GENESIS, cap. 6, ver. 5).

“A terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência”.(GENESIS, cap. 6, ver 11). 

“Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito”.(GENESIS, cap. 6, ver 7). 

Ea (deus da água doce e da sabedoria, patrono das artes e protetor da humanidade), avisa Utnapishtim, em um sonho, das intenções de Enlil e orienta-o de como sobreviver à catástrofe que estaria por vir:

“... põe abaixo tua casa e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar; despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da embarcação que deverás construir: que a boca extrema da nave tenha o mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto, tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a semente de todas as criaturas vivas. (...) Eu carreguei o interior da nave com tudo o que eu tinha de ouro e de coisas vivas: minha família, meus parentes, os animais do campo – os domesticados e os selvagens – e todos os artesãos”.(SANDARS, 1992, p. 149-151).
“Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos, e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento, de cinqüenta a largura, e a altura de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de alto; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro”. (GENESIS, cap. 6, ver 14-16). 

“… entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares contigo”.(GENESIS, cap. 6, ver. 18).


Enlil então envia uma tempestade de grandiosas proporções, fazendo com que toda a terra desaparecesse sobre as águas:

“Caiu a noite e o cavaleiro da tempestade mandou a chuva.(...) Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra.” (SANDARS, 1992, p. 151-153).
“… nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as portas do céu se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites”.(GENESIS, cap. 7, ver. 11-12).

E toda a humanidade foi exterminada:

“… agora eles (humanos) flutuam no oceano como ovas de peixe”. (SANDARS, 1992, p. 152).
“Assim foram exterminados todos os serem que havia sobre a face da terra …” (GENESIS, cap. 7, ver. 23).
                  
    
Com o passar dos dias, a tempestade ameniza-se e o dilúvio começa a serenar:

“Na alvorada do sétimo dia o temporal vindo do sul amainou; os mares se acalmaram, o dilúvio serenou”.(SANDARS, 1992, p. 153).

“Deus fez soprar um vento sobre a terra e baixaram as águas. Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva do céu se deteve”. (GENESIS, cap. 8, ver. 1-2).

Após a calmaria do grande oceano que se formara, Utnapishtim solta uma pomba para ver se há terra firme para que então possa desembarcar:

“Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei uma andorinha, que voou para longe; mas, não encontrando lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, voou de uma lado para outro, grasnou e não mais voltou para o barco”.(SANDARS, 1992, p. 153).
UTNAPISHTIM OU NOÉ?
“Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca, e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas sobre a terra. Depois soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias, e de novo soltou a pomba for a da arca. A tarde ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda mais sete dias, e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele”.(GENESIS, cap. 8, ver. 6-12).


Após a bonança, já em terra firme e grato ao deus Ea por ter lhe salvo a vida, Utnapishtim prepara um sacrifício aos deuses:

“Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses”.(SANDARS, 1992, p. 153).
“Então Noé removeu a cobertura da arca, e olhou, e eis que o solo estava enxuto”.(GENESIS, cap. 8, ver 13).

“Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar”.(GENESIS, cap 9, ver 20).


Os hebreus, possivelmente muito antes de seus períodos de cativeiro na Babilônia e Assíria, já tiveram contato com as lendas e mitos sumério-acadianos e que por várias razões, os utilizaram na formulação de suas próprias lendas, o que sugere que seu deus, Jeová, toma por empréstimo características de deuses como Anu, Enlil e Ea, seja criando a terra e o homem, seja julgando-os por seus atos, seja compadecendo-se de seu povo e os protegendo.


O livro de Jó foi escrito depois do Exílio Babilônico. Sabemos que o povo judeu, tendo retornado a Israel com a permissão de Ciro, rei persa, no ano 538 a.C, assimilou muitos costumes dos persas, a religião persa do  Zoroastrismo , tem-se a figura do bem lutando contra o mal. Surgem ai figuras como Satanás e Lúcifer.

Por isso  foi a cobra (Anjo Samael) que seduziu Adão e Eva, e não Lúcifer ou Satanás, pois os hebreus ainda não tinham tido contato com os persas, e tal figura não existia.


O PRIMEIRO HOMEM


O termo Adamu, significa "imagem" no texto sumério  é repetido intacto no texto bíblico, não sendo apenas um indício da origem sumério-mesopotâmica da história do Gênesis sobre a criação do Homem.
OS DEUSES CRIANDO OS HUMANOS EM JARROS DE BARRO

Adamu seria o primeiro criado para trabalhar para os deuses ou alienígenas do passado, na mineração de ouro.



A COMPANHEIRA DE ADÃO

O roubo do fogo divino por Prometeu, trouxe a ira de Zeus, que armou uma armadilha: mandou o filho de Hera, o deus coxo e ferreiro Hefesto,  plasmar uma mulher ideal, fascinante, ao qual os deuses presentearam com alguns atributos de forma a torná-la irresistível.
CRIAÇÃO DE PANDORA POR HEFESTO

Esta mulher foi batizada por Hermes como Pandora,  (pan = todos, dora = presente) e ela recebeu de Atena a arte da tecelagem, de Afrodite o poder de sedução, de Hermes as artimanhas e assim por diante. Pandora foi dada de presente para o atrapalhado Epimeteu, que ingenuamente a aceitou, a despeito da advertência de seu irmão Prometeu.

A vingança planejada por Zeus estava contida numa jarra, que foi levada como presente de núpcias para Epimeteu e Pandora. Quando esta, por curiosidade feminina, abriu a jarra e rapidamente a fechou, escaparam todas as desgraças e calamidades da humanidade, restando na jarra apenas a esperança.
Prometeu, foi castigado sendo preso pelas inquebráveis correntes de Hefesto no meio de uma coluna, e uma águia de longas asas enviada por Zeus comia-lhe o fígado imortal. Que no dia seguinte tornava a crescer. Teria sido assim eternamente se não fosse por intervenção de Herácles (Hércules), que matou a águia como consentimento de Zeus.


A BRIGA ENTRE IRMÃOS

Dois irmãos de origem divina que brigam entre si, saindo um vencedor e o outro morto, não é exclusividade bíblica, na Eneida de Virgílio, Rômulo e Remo, os fundadores míticos de Roma, eram filhos de Marte e de Reia Sílvia, descendente de Eneias. A data de fundação de Roma é indicada, por tradição, em 21 de abril de 753 a.C.

Temos também Gilgamesh que briga com seu irmão Enkidu.          

RÔMULO E REMO SENDO AMAMENTADO PELA LOBA

CRIAÇÃO DO MUNDO

O Enûma Eliš , é o mito de criação babilônico:

Quando no alto não se nomeava o céu,
e em baixo a terra não tinha nome,
do oceano primordial (Apsu), seu pai;
e da tumultuosa Tiamat, a mãe de todos,
suas águas se fundiam numa,
e nenhum campo estava formado, nem pântanos eram vistos;
quando nenhum dos deuses tinha sido chamado a existência,

ENUMA ELIS

São várias as similaridades entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no Livro do Génesis. O Génesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso.
 Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz e acabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no Génesis, sendo que a palavra hebraica para oceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat.

Segundo Hesiodo, ao escrever a Teogonia, por volta do séc. VII a.C., as ninfas teriam soprado em sues ouvidos toda a historia, bem parecida com a biblia ditada pelo espirito santo

"tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano (céu), que então a fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs...."


Elohim do hebraico antigo significa algo no plural pra majestades ou deuses, por isso temos:





FONTE:
http://www.klepsidra.net/klepsidra23/gilgamesh.htm
http://ateuligente.blogspot.com.br/2012/04/ateu-prova-biblia-vem-do-politeismo-da.html
SANDARS, N. K. A epopéia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 1992

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O MISTÉRIO DOGON

mascara Dogon - Kanaga
Em Mali, noroeste da África, vivem os Dogons, uma tribo com cerca de 300 mil pessoas, espalhadas por volta de 700 aldeias, cuja origem é incerta, havendo teorias de que migraram da Líbia para Mali, ou talvez sejam descendentes dos egípcios.

Até aí seriam uma das milhares de tribos do continente africano, entretanto na década de 1930 antropólogos franceses ao pesquisarem a cultura Dogon, depararam com um grande mistério:
A mitologia da tribo remonta há 3.200 a.C, eles já sabiam que a Terra girava em torno do Sol, que Júpiter tinha Luas e que Saturno era cercado por anéis, e tudo da vida Dogon baseava-se em Sírius, que é a estrela mais brilhante vista aqui da Terra,  a cerca de 8,6 anos luz.

O calendário Dogon é um ciclo de 50 anos, período que Po Tolo ou Sirius B, na nomenclatura atual,  leva para fazer a translação em Sirius. 


Sabiam que Sirius B era menor que a Terra, porém muito mais pesada, nas lendas da tribo, Sirius B era tão pequena e tão pesada que todos os seres humanos juntos não conseguiriam carrega-la.
O mistério é que a estrela Sirius B não é visível ao olho nu, tendo sido descoberto em 1920, e somente confirmada e fotografada em 1970, e  usando o telescópio hubble, confirmaram que se tratava de uma estrela anã branca, extremamente densa, muito menor que a Terra, porém oito vezes mais pesada que nosso Sol, e também  estabeleceu que o seu período orbital de Sirius B é de 50,4 anos.

A grande pergunta é: como os Dogons tinham tais conhecimentos, de quem ou com quem eles o adquiriram?



Para os Dogons seu Deus criador  era Nommo, que significa  “associado à água... bebendo o essencial”, veio de Sirius, há cinco ou seis mil anos, o mesmo local em que os antigos egípcios acreditavam que Osíris também viera, a grande pirâmide também esta alinhada a Sirius.
Nommo - reparem que possui um crânio alongado (clique para ir pro artigo)


Nommo ou os Nommos, eram metade peixe , metade homens, segundo a lenda, os anfíbios Nommos viviam na água e os Dogons referem-se a eles como “senhores da água”, seriam eles reptilianos anunnakis



Segundo os Dogons esses seres teriam trazido conhecimento e ensinado a sociedade a se desenvolver. Deram também informações sobre planetas diferentes, como Júpiter e Saturno, por exemplo, fatos que só foram descobertos pelos ocidentais depois que Galileu inventou o telescópio.
Em 1977, o antropólogo francês Robert K.G. Temple, escreveu o livro The Sirius Mystery, fez conexões com outros povos que citam seres anfíbios ou répteis, como os babilônicos, que chamavam de Oannes, os acádios chamavam de Ea, e os sumérios Enki, e ao final concluiu que realmente civilizações do Oriente Médio tiveram contatos com seres extraterrestres a cerca de 5 mil anos, coincidentemente quando as primeiras civilizações surgiram.

Segundo os críticos, os Dogons tiveram contato com europeus no início do século XX, e estes passaram tais conhecimentos astrológicos, incrementando as lendas Dogons sobre Sirius com novíssimas informações. Só não conseguiram explicar os tabletes de argila Dogon de 400 anos com inscrições sobre Sirius B, girando em elipse sobre Sirius, nem a forma elíptica de sua órbita e todo conhecimento sobre Sirius B, que só recentemente foram descobertos.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O MITO DA REVOLUÇÃO 1932


Sempre nos foi empurrado goela a baixo que a revolução constitucionalista de 1932, foi um ato heroico do povo paulista, que estes se rebelaram contra a tirania do governo de Getúlio, e lutaram por uma nova Constituição Federal.

Os motivos que culminaram na guerra civil foram na verdade mais pelo poder, do que pelo sentimento patriótico, coisa que só aparece de quatro em quatro anos no período de Copa do Mundo.


CONTEXTO HISTÓRICO

Com a queda do Império surge à República (velha), esta  dividi-se em duas vertentes, República das espadas e República dos governadores, nessa ultima temos a alternância de poder centralizado em dois Estados, um produtor de café, São Paulo, e o outro produtor de Leite, Minas Gerais.
 
Em 1929, o presidente era Washington Luiz, de Macaé, mais fez carreira em  São Paulo, pela politica do café com leite o próximo seria oriundo de Minas. Más como tinha interesses econômicos nas negociatas dos produtores de café, que estavam correndo grande perigo devido a quebra da bolsa de Nova Iorque, o presidente  apoia então o governador de São Paulo Júlio Prestes.  
Washington Luiz pede apoio a João Pessoa, governador da Paraíba, que negou tal apoio, forma-se então um chapa com o governador do Rio Grande do Sul, Getúlio Dorneles Vargas e o vice  João Pessoa, denominada aliança liberal.
bandeira Paraíba, com o NEGO (apoio) de João Pessoa
 As eleições eram questionáveis, pois a votação era exclusivamente masculina e aberta, o chamado  voto de cabresto,  e quem contava a votação era o partido político, facilmente manipulável e fraudulenta . Resultado óbvio, Júlio Prestes eleito...
 
alguma semelhança com o passado?
Entretanto um fato ocorrido na Paraíba alterou o destino do Brasil, por questões políticas, João Pessoa, manda a polícia efetuar busca e apreensão na casa de um notório advogado, casado, no cofre da residência são encontradas cartas amorosas extraconjugais, com uma moça de 23 anos, e o governador publica no diário oficial tais cartas, escândalo gigantesco pra época.(retratado no filme Paraíba mulher macho, Tizuka Yamazaki)
E quando João Pessoa foi à confeitaria Glória, em Recife, aparece o advogado, e efetua dois tiros na cabeça do governador.
 
Getúlio usa esse crime passional e alega motivos políticos, fez alianças com os outrora inimigos, os tenentes, cujo movimento foi deflagrado anos antes, e estavam no ostracismo, pois era preciso força armada para uma “revolução”.
revolta 18 do forte de Copacabana, de 1922 - Tenentismo
E no dia 24 de Outubro de 1930 chega na capital da República, Rio de Janeiro, e  é dado o golpe de Estado, assumindo GV.
 
Anuncia que vai promulgar uma nova Constituição Federal, afasta todos os governadores de Estado, nomeia interventores federais, nomeia para São Paulo, um Sargento nordestino, JuarezTávora.
 
Manifestações começam a pipocar, e no dia 23 de maio de 1932, em confronto com a polícia de Juarez Távora, morrem quatro estudantes, Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, sendo que o quinto Alvarenga morre dias depois.
 
O fato que é omitido pelos livros didáticos de história, e que a oligarquia cafeeira de São Paulo estava desprestigiada, sem o poder que perdurava décadas, um povo preconceituoso e racista, comandados por um interventor nordestino, a elite começa a insuflar a população a rebelar-se contra o governo imposto, usa o povo como massa de manobra.
semelhança de apelo a luta armada
Com apoio da mídia, convoca a população a luta, ou seja, faz as pessoas lutarem e morrerem para restituir o poder à oligarquia paulista, tal qual a revolução francesa, cujo lema é liberdade (para a burguesia), igualdade (para os burgueses) e fraternidades (entre os burgueses), e como sempre o povo é só instrumento útil em mãos habilidosas, eis que no dia 9 de julho inicia-se a revolução.

 
Os paulistas alegam lutar por uma nova Constituição, a queda do governo provisório, pois mesmo sendo uma ditadura, há época não era usado esse termo, já Vargas diz que o movimento é separatista. Vargas massacra São Paulo, que lutou praticamente sozinho contra as tropas federais,  por  esse sentimento negativo que não há nenhuma rua ou avenida famosa com seu nome, reduz inclusive o poder da policia local, Força Pública, que tinha em sua frota aviões, tanques, os líderes da Revolução foram exilados em Portugal.
 
Vargas convoca a Assembleia Constituinte em maio de 1933, promulgando a Constituição Federal de 1934, semelhante a de Waimar, já aparecia sua predileção ao Nazi/fascismo. 
Aquela célebre frase de que os paulistas perderam a guerra, más moralmente saíram vitoriosos pela promulgação da Constituição, é um engodo pois nunca esteve em jogo o patriotismo, e sim a manutenção e prestigio do poder da Elite que como sempre iludiu o povo a seu bel prazer, e como o povo desconhece sua história, fatos como esse repetem-se há séculos no Brasil.